19.9.25

Covid silencioso

Por aqui, regressou... agressivo e debilitante. O tratamento é o de sempre, sem o aparato da vacina: paracetamol, antihistamínicos e outros redutores da tosse.

Continua a morrer-se não à conta do vírus, mas da propensão para a morte. As autoridades estão adormecidas, não vá a conta do SNS disparar ainda mais...

Um destes dias, ao ver o Benfica em campo, pensei que a equipa tinha sido atacada por uma nova variante do vírus. De qualquer modo, os benfiquistas já asseguraram o antídoto eficaz para combater a praga.

Quanto aos portugueses, não vale a pena esperarem pela ministra da saúde: atravessem a ponte!

15.9.25

De regresso à hora suissa

Andei uns tempos ao ritmo de um Samsung Galaxy Watch, sempre censurado por não emparelhar com um smartphone Samsung... e que abusava da minha condição física, ao dar-me ordens do tipo MEXE-TE, pois ainda não atingistes os teus objetivos...

Por enquanto, o meu corpo não necessita de estar permanentemente sob  a vigilância de um indecifrável algoritmo e, por outro lado, o meu espírito liberta-se de uma pressão exterior que, aliada a muitos outras, essas, inevitáveis, já me pesam no dia-a-dia.

Um destes dias, opto pela hora solar!

7.9.25

A única luz

 

Está a ser difícil sair de Agosto e entrar em Setembro. 
Em primeiro lugar, porque não faz sentido, em matéria de tempo, falar de entradas e de saídas, ainda se fosse de mudanças de temperatura com efeitos nocivos no território e no corpo dos seres.
Em segundo lugar, porque se é obrigado, de forma súbita, a passar da euforia à disforia pessoal e coletiva, com a agravante de tudo ser objeto de exposição pública, alimentando voyeuristas e necrófilos.
Finalmente, porque nos deixamos enganar facilmente por decisores verdadeiramente incompetentes e sabujos...
A única luz que ainda acalento é a da chegada de um bando de íbis ao estuário do Tejo que, talvez, nos possa despertar para a sabedoria e para o conhecimento tão desprezados.


27.8.25

Consegui

 

À quarta tentativa, consegui chegar, de manhã, à Praia da Figueirinha... graças à UBER.
No entanto, da minha observação, pude constatar que, a partir das 13 horas, já não há problemas de estacionamento. Por outro lado, a Carris Metropolitana também cumpre a função de transportar os veraneantes.
Bem enquadrada, a praia oferece condições para pescadores amadores e mais afoitos. E toldos e 2 espreguiçadeiras, 25 euros ao dia, ou 15 até às 14 horas.
Garanto que não sou candidato a concessionário nem às próximas eleições autárquicas. Gastei o tempo a ler Balzac, grande especialista da grandeza e da miséria humana.

24.8.25

Não sei se eram todos imigrantes

 

Não sei.. O facto é que por volta das 16 horas, tentei chegar à Praia da Figueirinha, mas acabei por fazer meia-volta...
Não me pareceram íncolas, os carros eram aos milhares!
Já não tenho paciência para aventuras em que sou obrigado a respirar as poeiras das cimenteiras que vão esventrando  a serra da Arrábida...
Entre os veraneantes, muitos seriam emigrantes a aproveitar os últimos dias do regresso ao país de origem, bem longe dos fogos que acabarão por gerar novos e facilitados emparcelamentos...

16.8.25

Por este andar...

  

Parece que a Inteligência Artificial já aprova ou desaprova os textos da Inteligência Humana. A sintaxe e o léxico deixam de poder desviar-se do padrão e do estereótipo. Qualquer indício de criatividade é rejeitado porque não cabe no critério do 'uso'...
A pesquisa está cada vez mais condicionada pelo filtro da I.A., validando a pressa que nos move... Por este caminho, pensar deixa de ser uma necessidade porque abdicámos, de vez, de ser livres.
Por este andar, pouco falta para que fiquemos ancorados, a enferrujar ou a arder no perímetro de um qualquer incêndio.
E se, finalmente, nos dessemos ao trabalho de abrir acessos e de limpar os matos que nos infestam a vida.

12.8.25

Ganha pão

 

Enquanto me debato com o calor e com o cansaço, ainda por explicar, percorro, como se caracol fosse, as ruas da Baixa lisboeta...  E não posso deixar de observar os múltiplos grupos de turistas que se vão formando a cada esquina, escutando atentamente a 'palavra' de cicerones de várias nacionalidades  que contam, à sua maneira, a história de cada placa toponímica, de cada praça, de cada edifício, de cada pilastra... Tudo em tom de rosário desfiado velozmente, não vá a canícula dar cabo do ganha pão do dia...
Da ciência, desconfio, mas que importa: outros valores vingam por toda a parte...